Stanzioni: 'Fiquei um pouco decepcionado' (César Rodrigues/AAN)
Após o vice-campeonato na Superliga Masculina, o Vôlei Brasil Kirin tem confirmada sua primeira baixa para a próxima temporada. Trata-se do técnico Alexandre Stanzioni, que não terá seu contrato renovado. Ele foi informado da decisão durante a semana passada. A equipe sequer divulgou oficialmente a saída, mas, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a informação e disse que se pronunciará depois que o planejamento para 2016/17 for traçado junto ao patrocinador. Responsável por dirigir o time na melhor campanha da história do projeto, que culminou em uma final inédita de Superliga, Stanzioni já havia manifestado interesse em continuar. Por isso, foi pego de surpresa. “Na semana passada, fui convidado para uma reunião e achei que era uma conversa sobre o trabalho”, disse o treinador à reportagem do Correio Popular. “Mas, quando cheguei lá, fiquei sabendo que a decisão já estava tomada. Agradeceram e disseram que a comissão técnica seria destituída”, completa — além do técnico, também não continuam o auxiliar Peu e o preparador físico Ronaldo Finotti. Stanzioni acredita que a questão financeira pesou, mas mostrou-se chateado com a forma como foi conduzido o processo. “Colocaram isso, de que ainda não sabiam o investimento da temporada, que isso poderia diminuir pelo momento econômico do País, mas o que tenho ressalvas é do jeito que foi feito. Poderíamos ter conversado antes e tomado a decisão em conjunto”, revela. “Fiquei um pouco decepcionado, mas não só com isso. A gente esperava uma sequência do projeto. Não precisava aumentar demais o investimento, mas dar valorização a esse grupo. O problema é essa falta de continuidade, que faz a diferença”. Em relação aos jogadores, ainda nenhuma novidade. Após a Superliga, havia a expectativa de negociação para a permanência da base do time. Segundo Stanzioni, se isso não acontecer, o time tende a perder bastante e ficar atrás dos concorrentes, que estão investindo bastante. “Não sei se será um passo para trás, mas tem outras equipes se reforçando muito e, se você não consegue manter a base que foi criada, vai sair atrás desses times com grandes investimentos”, opina o treinador. “Isso seria uma grande perda para Campinas”.