Eliminado

Alvinegro e os dramas no Barão

Não fazer a lição de casa em jogos decisivos tem sido desastroso para a equipe alvinegra

José Ricardo Ferreira
04/10/2023 às 00:08.
Atualizado em 04/10/2023 às 00:08
Paulo Roberto segura o terço durante jogo contra a Briosa: ele sabe que além da reza, time deve mudar a sina de derrotas em casa (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Paulo Roberto segura o terço durante jogo contra a Briosa: ele sabe que além da reza, time deve mudar a sina de derrotas em casa (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Após a desclassificação para a Portuguesa Santista, pelas semifinais da Copa Paulista no sábado (30), o técnico do XV de Piracicaba, Paulo Roberto Santos, alertou para os resultados desastrosos em jogos decisivos no Estádio Barão da Serra Negra. Ele deixou explícito que essa história precisa mudar.

E o torcedor tem essas decepções frescas na memória, principalmente na Série A2 em 2018, 2019 e 2023 quando foi eliminado nas semis em casa para Guarani, Inter de Limeira e Ponte Preta, respectivamente.

Pela Copa Paulista, o XV e sua torcida tiveram alegrias com os títulos de 2016 e 2022 contra Ferroviária e Marília, respectivamente, mas todos com festa longe de casa. Em 2019 o Alvinegro perdeu o título fora de casa para o São Caetano.

Paulo Roberto tem suas razões, embora o futebol seja “a arte do imponderável”, isto é, nem tudo pode ser explicado, absorvido. Este ano o XV passou a Copa Paulista toda sem perder um jogo e o revés veio justamente em uma semifinal. E no Barão.

Pela Copa Paulista, considerado o primeiro título em 2016, a série de tropeços não foi pequena. Em 2016 o XV de Cléber Gaúcho fez a lição de casa e venceu a Ferroviária por 2 a 0. Em Araraquara, perdeu por 3 a 1, mas venceu nos pênaltis e foi campeão. Em 2017, venceu em casa, mas perdeu para Inter de Limeira no tempo normal e nos pênaltis nas semis. Em 2018, parou na terceira fase; em 2019 perdeu a final fora de casa para o São Caetano (1x1 no ABC), mas havia perdido por 3 a 2 no Barão; em 2020 parou na semi diante do Marília (no jogo de ida perdeu por 3 a 1 e no de volta, no Barão, fez 1 a 0 e não avançou); em 2021 parou nas quartas de final diante do Azulão, também. No ABC, 1x1, no Barão, 1x1 e derrota nos pênaltis. No ano passado, novamente com Cléber, foi campeão vencendo em casa e fora o Marília.

Os dramas foram maiores pela A2. Nela, basta chegar àfinal para subir. Este ano, nas mãos de Cléber Gaúcho o time parou na semi diante da Ponte Preta. Não fez a lição de casa e perdeu por 3 a 0; em Campinas perdeu por 2 a 0. No ano anterior, novo drama no Barão pelas quartas contra o São Bento. Sob o comando de Roberto Cavalo perdeu por 1x0 em Sorocaba e por 5 a 1 em Piracicaba. Em 2021parou nas quartas pois não saiu do empate sem gols em casa diante do Oeste e perdeu por 2 a 1 em Barueri; em 2020, novamente decepção no Barão, pela semi, com empate sem gols com o São Caetano e no jogo de ida derrota por 2 a 1 no ABC; em 2019, o algoz foi o time da Inter que deixou o XV para trás após dois empates e classificação nos pênaltis, em Limeira; em 2018, contra o Guarani, após perder por 1 a 0 em Campinas, no Barão o XV não conseguiu reverter o placar, que não saiu do zero e não se classificou para a final e ficou sem o acesso. Em 2017, um ano após o rebaixamento na Série A1, o time parou na primeira fase. “Nós temos que mudar isso aí”, alerta o treinador do Alvinegro.

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