Netflix movimentou o mercado em janeiro, anunciando os mais badalados seriados
A atriz Linda Cardellini em cena da série 'Bloodline', da Netflix (Divulgação)
Os fãs de 'Bloodline' estão ressabiados. A série sobre os Rayburn, família renomada em sua comunidade na Flórida que entra em crise com a chegada do filho mais velho, foi uma das únicas produções originais da Netflix que ficou de fora do anúncio da plataforma com a data de estreia de diversas séries, tanto de obras inéditas quanto aquelas que retornam em novas temporadas. A Netflix movimentou o mercado em janeiro, já que os mais badalados seriados do site de streaming já têm o retorno divulgado, como 'Orange is The New Black', que voltará para a 4ª temporada no dia 17 de junho, enquanto a 2ª temporada de Demolidor chega com episódios inéditos três meses antes, em 18 de março. Não dá para esquecer, ainda, que o futuro de Frank Underwood em 'House of Cards' será revelado no dia 4 de março (mais alguém ansioso aí?). Porém, nada de 'Bloodline'. O que deixou tudo estranho é que a 1ª temporada fez um enorme sucesso em 2015, tendo sido indicada a dois prêmios Emmy e um Globo de Ouro, e, para piorar, ela estreou no ano passado em 20 de março. Ou seja, o que se espera, normalmente, é que o novo ano chegue exatamente no mesmo período, como acontece com todos os programas. Porém, não é o que vai acontecer. A 'Serí(e)ssima' entrevistou Linda Cardellini em Los Angeles, a bela atriz que dá vida a Meg Rayburn, a filha advogada e defensora da paz, e uma coisa ela garantiu: “estamos no meio das gravações da 2ª temporada”. Portanto, logo mais novos episódios virão aí, só não se sabe ainda quando. “E não posso dar nenhum spoiler ou serei morta assim que sair daqui”, brincou a simpática atriz. “Eu acabei de voltar da Flórida, daqui alguns dias retorno para lá para continuar as gravações, mas o que eu posso dizer é que este novo ano será bem divertido, e tudo acontece bem rápido. Depois de tudo que foi introduzido, é como se as coisas se desenrolassem mais naturalmente, tudo caminhando para onde precisa. Claro, com algumas surpresas”, alerta Linda. Para ela, a primeira temporada de 'Bloodline' balanceou bem o paradisíaco lugar onde a história se desenrola — o arquipélago conhecido como Florida Keys — com o lado obscuro da série. “Essa, sem dúvida, é uma das belezas do primeiro ano. O que eles fizeram foi mostrar que havia algo de errado com aquela família desde o início, mas explorando, antes de mais nada, a estonteante ilha. Depois, eles foram revelando os lados sombrios da história, de forma bem rápida. Um contraponto muito interessante”, diz Linda. “Sem contar que a série mostra uma coisa no começo e, no fim da temporada, você descobre que não é nada daquilo, numa reviravolta muito bacana”, completa. O sucesso se deu, diz a atriz, também por conta da liberdade que a Netflix dá aos seus produtores, sem interferir muito no trabalho. “Eu tenho uma longa história na TV e, por conta disso, posso dizer que poder rodar 13 episódios de uma única vez sem ter que ficar provando que a série é boa, pedindo aprovação de piloto e tudo mais, é mais do que uma vitória. Tudo é feito com mais tranquilidade, com mais cuidado, e a história acaba sendo melhor contada". Linda conversou com a coluna durante um intervalo nas gravações, quando lançava seu mais novo filme, 'Pai em Dose Dupla'. No longa, em cartaz nos cinemas, ela é disputada pelos personagens de Will Ferrell e Mark Wahlberg. Em outras palavras, é a única pessoa séria entre esses dois malucos tentando chamar a sua atenção. “Eles ficam lá fazendo aquelas loucuras todas e eu preciso estar sempre focada, séria. É difícil”, confessa, aos risos. “acho um máximo ter alguém no meio deles com esse perfil, quase como para manter a sanidade da situação. Pelo bem das crianças, eu diria”, lembra a atriz, se referindo aos dois filhos de Sara, sua personagem. Cinema, aliás, também fez parte da vida de Linda em 2015. A bela fez parte do elenco de 'Vingadores: Era de Ultron' como a mulher do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e viu a carreira ganhar um novo fôlego. “Eu tenho trabalhado nessa indústria por tanto tempo, com a oportunidade de ter feito projetos incríveis. Tudo tem evoluído muito, o que é ótimo. Mas eu sinto que nunca estive tão exposta quanto depois do filme". Linda tem ainda um grande projeto para sair em novembro. Ela faz parte do filme-biografia 'The Founder', sobre Ray Kroc, o executivo que se junto ao McDonald’s em 1954 e foi responsável por transformar a marca em uma das maiores franquias do planeta. Ela será Joan Smith, a última mulher de Kroc, casada com ele de 1969 até a morte do executivo, em 1984. Foi Joan, inclusive, que herdou a fortuna dele. “Eu pesquisei muito sobre a vida dela e descobri que ela foi uma ótima pessoa. Ela doou quantias exorbitantes de dinheiro a entidades carentes, e principalmente por isso, todos a classificavam como uma mulher maravilhosa, que se preocupada mais em ajudar aos outros do que a si mesma”, afirma a atriz. “Sem contar o fato de ela ter sido casada com alguém que se mostrou um gênio no mundo dos negócios. O público vai ver que outras pessoas tentaram fazer o que ele fez, mas ninguém conseguiu.”