Eles foram selecionados após enviarem currículos, vídeos e fotos para a audição da companhia
Os bailarinos Ivan Domiciano e Monike Cristina embarcaram ontem para Johannesburgo, na África do Sul, para viver um dos desafios mais importantes de suas carreiras. A dupla foi convidada para ocupar a posição de solista na Joburg Ballet, companhia que tem sede na maior cidade da África do Sul. Ivan e Monike atuavam na Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba), mantida pela Secretaria Municipal da Ação Cultural. Eles foram selecionados após enviarem currículos, vídeos e fotos para a audição da companhia, a mais importante do país. O contrato como solistas é de, no mínimo, um ano. “Passamos em quatro companhias, mas aceitamos essa que tinha a melhor proposta”, avisa Monike, que já dançou na Alemanha, EUA, Paraguai, Suíça, Rússia e Ucrânia. “Estou muito ansiosa, mas muito feliz. É uma cultura bastante diferente”, observa a bailarina de 24 anos de idade, 18 deles dos quais dedicados à dança. Ivan, que também tem 24 anos de idade e dança desde os oito anos de idade, já atuou na Áustria, Alemanha, Rússia e Canadá e não vê a hora de chegar ao país. “Não conheço a África e estou muito feliz por ter sido escolhido”, disse. Os dois irão dividir uma casa com outros bailarinos da companhia. A rotina de ensaios vai de segunda-feira a sábado, das 10 horas às 18 horas. A temporada da Joburg Ballet começa em abril, com o balé Gisele, e segue com as montagens de Cinderela e Romeu e Julieta. A secretária da Ação Cultural, Rosângela Camolese, comemorou a conquista. “É muito gratificante saber que o trabalho realizado pela Cedan tem dado resultados e o reconhecimento do talento dos nossos bailarinos no Brasil e no exterior é a prova disso”, afirma. Camilla Pupa, maître e diretora artística da Cedan, também destacou o importante papel que companhia tem na formação de bailarinos, como Ivan e Monike, entre outros. “A Cedan está presente nas diversas fases desses bailarinos. Eles vão para uma experiência e retornam para a companhia, que é a ‘casa’ deles. Esse incentivo adequado, que muitos não têm, é fundamental para que eles percorram o seu caminho e também para estimular outros bailarinos”, observa Camilla.